Esferas de armazenamento de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) da Refinaria Duque de Caxias - REDUC
O Senado ainda não encontrou um caminho de consenso entre o Governo Federal e os Governos Estaduais e, dificilmente, o projeto que muda as regras do ICMS será votado nesta semana. A proposta oriunda da Câmara Federal unifica em 17% o ICMS cobrado sobre combustíveis, energia elétrica, telecomunicações e transporte coletivo. Pela definição do texto, esses produtos e serviços passam a ser considerados essenciais e devem ter uma taxação menor.
Mesmo sem a perspectiva de votação nesta semana, o Projeto de Lei Complementar (PLC) que trata das alterações nas regras do ICMS mobilizou os secretários de Fazenda que, nessa segunda-feira, se reuniram com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e, nesta terça, se encontraram com os senadores Fernando Bezerra (MDB-PE), Jean Paul Prates (PT-RN) e Davi Alcolumbre (União –AP). Bezerra é o relator do PLC.
A reunião foi considerada positiva e mostrou avanços nas negociações para o entendimento entre a União e Estados sobre a alíquota do ICMS. Os secretários de Fazenda, de acordo com reportagem do Jornal O Estado de São Paulo, propuseram que, para evitar perdas de receitas, fosse instituída uma taxação maior para as empresas de petróleo.
TAXAÇÃO SOBRE EMPRESA PETROLÍFERA
Outra ideia, sugerida pelos secretários, é a criação de uma conta de compensação de perdas em troca da redução do ICMS para combustíveis, energia elétrica, gás e telecomunicações. De acordo com os secretários, a proposta tem por objetivo garantir R$ 34 bilhões em 2022 para uma espécie de fundo que funcionaria fora do Orçamento e seria formado com até 40% das receitas do governo federal com dividendos pagos pela Petrobras, royalties e participações especiais.
A costura para elaboração de uma proposta de consenso passa, também, pelo aumento da alíquota da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL). A alíquota passaria dos atuais 9% para uma alíquota extraordinária de 20% como troca para compensar a União pela perda de arrecadação. Pelos cálculos dos Estados, essa taxação das empresas petroleiras pode aumentar em até R$ 32 bilhões o caixa do governo federal.
O argumento entre secretários de Fazenda e representantes dos Estados é que, com a elevação dos lucros, as empresas de petróleo, a exemplo da Petrobras, poderiam dar a sua contribuição para evitar perdas na arrecadação do ICMS e, como conseqüência, redução dos serviços prestados a população. O movimento para maior tributação das empresas petrolíferas acontece em outros Países, como no Reino Unido.
Os governadores jogam, ainda, com outra estratégia para barrar o baque nas finanças estaduais: uma das propostas nesse sentido é que a redução da alíquota do ICMS seja feita de forma escalonada, ou seja, a cada ano, até alcançar o teto que está sendo texto do projeto de lei que tramita no Senado.
Toda a mobilização dos governadores, que marca a agenda política desta semana em Brasília, é para adiar por mais tempo a aprovação do projeto de lei que, neste ano, pode tirar R$ 64 bilhões da receita de ICMS dos cofres estaduais. O Ceará, de acordo com dados da Secretária da Fazenda, Fernanda Pacobahyba, perde R$ 2,5 bilhões, atingido diretamente o Fundo de Combate à Probreza (FECOP), que tem ações voltadas aos mais pobres.
Fonte-cearagora.com.br
Blog Nilson Técnico Bosch Informa;
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