Autor Thays Maria Salles

O ex-deputado e presidente do PL Valdemar Costa Neto já foi preso pelo menos duas vezes Crédito: Reprodução/Twitter

Há resistências no PL para a filiação do ex-governador do Paraná Beto Richa.

O deputado estadual Ricardo Arruda é contra a possibilidade do ex-governador do Paraná e colega de parlamento Beto Richa (PSDB) se filiar ao PL para ser candidato à Prefeitura de Curitiba. Em vídeo publicado nas rede sociais nesta quinta-feira, 14, ele afirmou que o partido não aceita ex-presidiários.

“Nós somos de direita, nós defendemos os valores de Deus, pátria, família e liberdade, e não aceitamos aqui ex-presidiários no nosso partido, ainda mais como pré-candidato a prefeito da nossa Curitiba”, finaliza Arruda.

O comentário, no entanto, diverge do histórico do PL. O presidente nacional da legenda, Valdemar Costa Neto, foi preso pela Polícia Federal por algumas horas em fevereiro de 2024.

Em meio à Operação Tempus Veritatis, que tem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados como alvos de suposto esquema de tentativa de golpe de Estado, ele foi detido por portar uma arma com registro inválido.

Além dessa situação, o dirigente partidário foi condenado a sete anos e 10 meses de prisão pelo esquema do mensalão, em novembro de 2012, deixando a prisão dois anos depois. Já em 2016, o ministro Luís Roberto Barroso, atual presidente Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu perdão da pena e determinou a expedição de alvará de soltura de Valdemar.

Quanto a Richa, Arruda contou que conversou com o ex-mandatário sobre a possível filiação, considerando o tucano “alguém que já foi preso, tem um passado que lhe condena, que é colado com o [vice-presidente da República Geraldo] Alckmin”.

Confira a declaração:

No Instagram -
ricardoarruda.dep

O ex-governador foi preso três vezes entre 2018 e 2019. A primeira detenção foi numa investigação sobre superfaturamento no programa Patrulha do Campo, do Governo do Paraná, que fazia manutenção de estradas rurais.

Em seguida, virou alvo da Operação Lava Jato sob acusação de tentar influenciar depoimentos sobre as rodovias. Por último, foi preso por obstrução de justiça no âmbito da Operação Quadro Negro, do Ministério Público do Paraná.

No vídeo, Arruda também garante que Richa é "muito mais ligado com o PT. O deputado estadual informou que também conversou com presidente do PL no Paraná, deputado federal Fernando Giacobo (PL-PR), que estaria “totalmente contra” a filiação do ex-governador.

“O PL não tem culpa nenhuma, Bolsonaro não tem culpa nenhuma. O erro, a meu ver, foi [deputado federal] Filipe Barros levar o Beto Richa e apresentá-lo como um bom candidato para prefeito e se filiar no nosso partido”, resume o deputado estadual.

Fonte- opovo.com.br

Blog Nilson Técnico Bosch Informa;

Autor Guilherme Gonsalves

Segundo o ex-prefeito de Caucaia e deputado federal em exercício, Emilia Pessoa (PSDB), o vice-prefeito Deuzinho Filho (União), Coronel Aginaldo (PL) e Zé Gerardo (PDT) estarão juntos para evitar a vitória do candidato apoiado pelo atual prefeito Vítor Valim (PSB).

O ex-prefeito e pré-candidato em Caucaia, Naumi Amorim (PSD), afirmou que está fechado um acordo de união entre os nomes da oposição na disputa pela prefeitura da cidade, em um eventual segundo turno contra o nome governista. "Todos contra o candidato que seja do Vítor Valim", destacou.

Em entrevista ao O POVO, Naumi, anunciou que Emilia Pessoa (PSDB), o vice-prefeito Deuzinho Filho (União), Coronel Aginaldo (PL) e Zé Gerardo (PDT) estarão juntos para evitar a vitória do candidato apoiado pelo atual prefeito Vítor Valim (PSB), que não tentará a reeleição.

"Hoje a gente tem uma oposição lá de Caucaia que está mais ou menos unida para que o candidato do Vitor Valim (...) vai ter uma união dos outros partidos dessa candidatura contra o Vitor Valim. A gente tá conversando, já conversei com a Emilia, com o Deuzinho, Coronel Aginaldo, Zé Gerardo. Tô conversando com os pré-candidatos que tem na cidade para que a gente tenha esse diálogo e se fortaleça em um eventual segundo turno", disse ele após tomar posse como deputado federal.

De acordo com Naumi, se ele vier a vencer ainda no primeiro turno, "muito bem". Caso haja segundo turno, os demais candidatos de oposição farão essa aliança para apoiar seja quem for.

"Se eu chegar a vencer no primeiro turno, muito bem. Senão, a gente já tá acordado que qualquer candidato que for ao segundo turno, Emília, Deuzinho, Zé Gerardo, a gente se unirá para apoiar um ao outro. Todos contra o candidato que seja do Vítor Valim", reforçou.

Naumi Amorim também comentou sobre estar assumindo como suplente de deputado federal, após Célio Studart (PSD) voltar ao comanda da Secretária da Proteção Animal no Ceará. Ele disse que deve ficar no cargo até as eleições e que isso será benéfico na corrida eleitoral.

"Tô aí numa pré-candidatura a prefeito de Caucaia. Isso vai ser muito bom pra mim ficar esse período. Acho que até o fim do ano, até as eleições, eu estarei aqui para estar trabalhando para o nosso povo do Ceará, especialmente o de Caucaia", afirmou.

Em 2020, Naumi concorreu à reeleição e foi derrotado por Vítor Valim no segundo turno por uma diferença de 3 mil votos. Emilia Pessoa foi a terceira colocada e apoiou o atual prefeito na reta final.

Fonte- João Paulo Biage/Correspondente do O POVO em Brasília.