domingo, 29 de julho de 2018

SÉRIE MOSTRA LAMPIÃO QUANDO ESTEVE NO CEARÁ.

VERSÃO IMPRESSA

Série online traça percursos de Lampião e sua relação com o Ceará.



Os caminhos de Lampião descrevem uma geografia própria dos sertões. Virgolino Ferreira da Silva nunca pisou em uma capital. Jamais chegou ao litoral. Sonhou até, entre a bravata e a audácia - em ser governador de um novo estado. Um estado sertanejo, formado por porções de Bahia, Sergipe, Pernambuco e Alagoas.
As rotas de Lampião estão marcadas em mapa interativo que integra série especial do O POVO Online sobre os 80 anos de sua morte. São 84 locais nos quais transcorreram momentos cruciais de sua trajetória, do nascimento à morte, os grandes combates, vitórias sensacionais e derrotas que o forçaram a fuga desesperada. Os esconderijos descobertos, o lugar onde conheceu Maria Bonita, o encontro com padre Cícero Romão Batista.
O Ceará merece olhar particular. No mapa, a ocupação destoa da que se vê nos outros estados nos quais Virgolino esteve. Devido a conjunção de fatores que envolve omissão cúmplice de políticos, conivência da polícia e apoio decidido de ampla rede de colaboradores - de vaqueiros a grandes fazendeiros, passando pelo clero - o fato é que o território cearense sempre foi refúgio para ele.
Parte por quase nunca ter sido incomodado pela polícia cearense, muito pela devoção ao padre Cícero, Lampião preservava o Ceará e dizia isso textualmente. Só passou a ser incomodado de fato depois do ataque fracassado à vizinha Mossoró, que gerou reações dos cearenses. O fato de o Estado deixar de ser território relativamente livre para ele o obrigou à mudança. Sob intensa perseguição nos estados ao norte do São Francisco, cruzou o rio em direção à Bahia e Sergipe. Iniciou nova fase em sua vida e na história da violência no sertão.
O especial online mostra ainda as estratégias de combate de Lampião. Quais eram os segredos de seu sucesso - uma espécie de guerrilha sertaneja, embora esvaziada de componente político. Mostra quem foi o homem que comandou a operação que levou a sua morte. Longe de ser um de seus maiores perseguidores, não era exemplo de coragem e tinha sobre si suspeitas de colaborar com os cangaceiros. Um pouco de acaso e a pressão das circunstâncias deram a ele o status de homem que comandou a morte do “rei dos cangaceiros” - e, em pouco tempo, do próprio cangaço.
Há ainda linha do tempo que demarca os principais momentos da vida de Lampião, em mais de 100 datas. Em ordem cronológica ou pela geografia, é possível percorrer os caminhos e conhecer a vida de um dos criminosos mais terríveis do mundo ocidental, conforme definiu o New York Times.

Veja em
 Fonte-O Povo.Online.
Blog Nilson Técnico Bosch.
ÉRICO FIRMO

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