O plano B para a economia está em vias de naufragar
E o resgate é improvável.
Por Nathália Bernardo
nathalia@focus.jor.br
A série de medidas anunciadas pelo Governo Temer para a economia em fevereiro ainda não saiu do papel. O pacote é um plano b à Reforma da Previdência, empacada após a intervenção federal no Rio de Janeiro.
As ações de austeridade dariam folga às contas públicas. Mas aprová-las com as eleições à porta é tarefa hercúlea, para não dizer impossível. Pelo mesmo motivo, não há de se ter muita esperança num plano C.
Algumas da medidas do pacote, a propósito, avançam no alfabeto, recauchutadas de projetos já frustrados no Congresso, a exemplo da Nova Lei de Finanças Públicas. Ou simplesmente já existem e “não pegaram” como deveriam, como o caso da duplicada eletrônica, prevista no Código Civil e na Lei de Protestos de Títulos.
Há pouco a ser feito. O Governo revisa o crescimento do PIB, cogita reonerações e avalia redução do investimento. Tudo isso com um mercado ouriçado pelo rumo dos juros nos Estados Unidos e uma grande interrogação sobre o Brasil que será em 2019.
Como no Titanic, os músicos se põem a tocar.
Medidas econômicas de Temer e o iceberg
Teto remuneratório para servidores federais
Privatização da Eletrobras
Cadastro Positivo
Depósitos voluntários no Banco Central
Marco legal para licitações e contratos
Nova lei das finanças públicas
Melhoria empresarial das estatais
Duplicata eletrônica
Redução da desoneração da folha
Regras sobre agências reguladoras
Atualização da Lei Geral das Telefomunicações
Autonomia do BC
Extinção do Fundo Soberano
Reforma do PIS/Cofins
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