Ciro Gomes é o presidenciável que responde ao maior número de ações na Justiça.
O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) é o presidenciável
que responde ao maior número de ações na Justiça. São mais de 70
processos de indenização ou crimes contra a honra movidos por
adversários políticos. O levantamento é do jornal Folha de S. Paulo,
feito em tribunais superiores, federais e estaduais. Ele lidera entre os
20 pré-candidatos à presidência da República.
Um dos que se consideram injuriados é o presidente Michel Temer. O
político cearense já o classificou como integrante do “lado quadrilha”
do PMDB. Na ocasião, Ciro foi condenadoem primeira instância, mas
recorreu.
Além de Temer, o ex-governador do Estado foi processado por Jair
Bolsonaro (PSL) – a quem chamou de “moralista de goela” -, José Serra
(PSDB) que, segundo Ciro, é “candidato de grandes negócios e negociatas”
e João Doria 9PSDB), classificado como “farsante”. O presidente do
Senado, o cearense Eunício Oliveira (MDB), também processa Ciro Gomes
por ter sido chamado de “pinotralha” que, nas palavras do político, é
mistura de Pinóquio com Irmão Metralha.
Por meio de sua assessoria, Ciro afirma que não teve o nome
mencionado na Lava Jato nem em outra “qualquer roubalheira”. Todos os
processos, diz, estão ligados a opiniões e não a desvio moral.
Outros casos
Fernando Haddad, um dos nomes ventilados no Partido dos Trabalhadores
em caso de o registro de candidatura de Lula ser indeferido, é alvo de
investigação aberta por suposto caixa dois. A acusação contra o paulista
decorre de delação do empresário Ricardo Pessoa, da empreiteira UTC.
Outra alternativa petista, Jacques Wagner está na mira da Operação
Cartão Vermelho, que investiga suspeita de propina na reforma da Arena
Fonte Nova. Outros dois casos envolvendo o ex-ministro de Dilma foram
enviados ao juiz Sérgio Moro.
Jair Bolsonaro, um dos favoritos na disputa pelo Planalto na ausência
de Lula, responde por ações penais no STF sob acusação de injúria e
incitação ao estupro, bem como denúncia por racismo numa palestra em que
criticou quilombolas. Neste caso, o carioca foi condenado em primeira
instância a pagar indenização de R$ 50 mil. Bolsonaro recorreu.
Geraldo Alckmin 9PSDB) é investigado por corrupção passiva – quando o
funcionário público é corromppido – com base em delações da Odebretch
em 2017.
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