Mercado financeiro reduz pela quarta vez a projeção do crescimento da economia.
O mercado financeiro reduziu, pela quarta vez seguida, a projeção
para o crescimento da economia este ano. De acordo com a pesquisa do
Banco Central (BC) a instituições financeiras, a estimativa para a
expansão do Produto Interno Bruto (PIB), desta vez, passou de 2,76% para
2,75%. Há quatro semanas, a estimativa estava em 2,89%. Para 2019, a
expectativa permanece em 3% há 12 semanas seguidas. Os dados constam do
Boletim Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central às
segundas-feiras.
Já a estimativa para a inflação subiu, após dez semanas consecutivas
de redução. A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA – a inflação oficial do país) passou de 3,48% para 3,49%. A
projeção segue abaixo do centro da meta de 4,5%, mas acima do limite
inferior de 3%. Para 2019, a estimativa para a inflação foi ajustada de
4,07% para 4%, abaixo do centro da meta (4,25%).
Para alcançar a meta, o BC usa como principal instrumento a taxa
básica de juros, a Selic, atualmente em 6,5% ao ano. Quando o Comitê de
Política Monetária do BC (Copom) aumenta a Selic, a meta é conter a
demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços porque os juros mais
altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito
fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o
controle sobre a inflação. De acordo com a previsão do mercado
financeiro, a Selic encerrará 2018 em 6,25% ao ano e subirá ao longo de
2019, encerrando o período em 8% ao ano.
(Agência Brasil)
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