Obras da planta devem começar no primeiro trimestre de 2024, segundo a Cagece.
A Superintendência do Patrimônio da União – SPU/CE emitiu autorização para a construção da usina de dessalinização (Dessal), idealizada pela Cagece, na Praia do Futuro, em Fortaleza. As obras da planta devem começar em março de 2024.
Segundo a Cagece, a usina deve entrar em operação no início de 2026, beneficiando diretamente cerca de 720 mil pessoas. A licença ambiental do projeto foi aprovada pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente (Coema) em novembro.
A usina será construída por meio de Parceria Público-Privada firmada entre a Cagece e a empresa Águas de Fortaleza, com capacidade de produzir 1 m³ de água por segundo. O investimento total estimado é de R$ 3,1 bilhões ao longo dos próximos 30 anos. Desse montante, R$ 526 milhões serão investidos na construção da planta e instalação de tubulação.
A água dessalinizada será, prioritariamente, para o consumo humano. A planta será acionada quando os volumes de água armazenados nos açudes foram reduzidos e quando a escassez de chuvas entrar em níveis de alerta.
O sal remanescente será encaminhado para um duto submarino. Segundo a Cagece, o projeto é desenhado para promover uma rápida diluição do sal em poucas dezenas de metros, evitando prejudicar o ambiente marinho.
IMPASSE COM EMPRESAS DE TELECOMUNICAÇÃO
O projeto da Dessal, idealizado em 2021, estava previsto para começar as obras em 2022 e iniciar a operação em 2024, mas a execução foi adiada. A viabilidade da obra foi questionada por empresas de telecomunicações, que alegam riscos aos cabos submarinos que trazem a internet ao País, inclusive, com o risco de um apagão na rede mundial de computadores.
Um Grupo de Trabalho Técnico (GTT), coordenado pela Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), foi criado para discutir os riscos do projeto. O GTT foi encerrado em 11 de dezembro e a Anatel emitiu parecer contrário à instalação da planta.
Segundo a Cagece, a estrutura de captação de água-marinha da Dessal será construída a 567 metros de distância dos cabos submarinos, distância maior que a recomendação do Internacional Cable Protection Committee (ICPC).
Fonte- diariodonordeste.verdesmares.com.br
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