Os números sobre o impacto da violência na saúde pública brasileira, apresentados, nesta quarta-feira (1), pelo Instituto Sou da Paz, mostram que o País gastou, em 2022, R$ 41 milhões do orçamento do Sistema Único de Saúde (SUS) com internações hospitalares de 17 mil e 100 vítimas da criminalidade com arma de fogo. Segundo a entidade, os valores não retratam todos os gastos, ‘’uma vez que não existem informações desagregadas que permitam identificar e estimar os custos de outros tipos de assistência a essas vítimas’’. O estudo revela, ainda, que, no perfil das pessoas internadas, a maioria é formada por homens, negros e jovens.
A população negra, observa a pesquisa do Instituto Sou da Paz, ‘’permanece mais tempo internada, porém sua diária custa menos, o que pode refletir desigualdades em termos de acesso aos recursos de saúde, tais como procedimentos mais complexos cujo preço/custo de referência é mais elevado’’.
- A taxa de internações é quase 70% maior do que a de óbitos por arma de fogo no Distrito Federal, 50% maior no Piauí e 22% maior no Acre.
- Por outro lado, a taxa de óbitos chega a ser mais de 45 vezes maior do que a de internações por arma de fogo em Pernambuco, seguido por Mato Grosso e Goiânia .Segundo o estudo, a discrepância entre óbitos e internações indica a intensidade e gravidade das lesões que levam à morte imediata, sem que as vítimas sequer cheguem a receber cuidados médicos, mas também pode ser resultado da concentração do atendimento em centros hospitalares que contam com serviços especializados disponíveis e recebem pacientes de diversos lugares, ou seja, que sofreram a violência em um lugar, mas foram atendidos em outro.
Fonte- Assessoria de Imprensa do Instituto Sou da Paz - cearaagora.com.br
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