quinta-feira, 3 de agosto de 2023

Hacker diz à PF que Bolsonaro perguntou sobre possibilidade invadir urna eletrônica, confira;

O hacker também afirmou ter recebido pagamentos da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) para prestar serviços cibernéticos.

Em depoimento na Polícia Federal (PF), o hacker Walter Delgatti Neto disse que encontrou ter se encontrado com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2022, no Palácio da Alvorada, onde foi questionado sobre a possibilidade de invasão da urna eletrônica. De acordo com a Polícia Federal, ele explicou que “isso não foi adiante, pois o acesso que foi dado pelo TSE foi apenas na sede do Tribunal, e o declarante não poderia ir até lá”. A visita em questão já havia sido revelada pela revista Veja.

O hacker também afirmou ter recebido pagamentos da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) para prestar serviços cibernéticos, e que a parlamentar pediu que ele invadisse o telefone celular e o e-mail do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Antes, a parlamentar teria solicitado a invasão à urna eletrônica ou aos sistemas do TSE. Delgatti, porém, declarou não ter conseguido acesso aos sistemas eleitorais.

Segundo a PF, no depoimento, Delgatti contou ter se encontrado com a deputada em um posto de gasolina na Rodovia Bandeirantes, em setembro de 2022, e que ela lhe teria dito “que, caso o declarante conseguisse invadir os sistemas, teria emprego garantido, pois estaria salvando a Democracia, o País, a liberdade”.

OPERAÇÃO

Na decisão em que autorizou a prisão preventiva de Delgatti, em Araraquara (SP), nesta quarta-feira, 2, Moraes cita a reportagem de Veja, com áudios segundo os quais o hacker diz ter contactado funcionários da operadora TIM com o objetivo de invadir o chip do celular do ministro, mas que estes não teriam topado seguir adiante. Em seguida, Delgatti disse ter invadido o Banco Nacional de Mandados de Prisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), de modo a demonstrar suas habilidades, e que a própria Zambelli redigiu o mandado falso de prisão contra Moraes.

O acesso ao sistema teria sido feito por meio de uma credencial eletrônica roubada. A PF também investiga a inserção de 10 alvarás de soltura no sistema do CNJ, em benefício de criminosos espalhados pelo país. Cada inserção corresponde a ao menos um crime de falsidade ideológica, destacam os investigadores.

Os detalhes sobre o depoimento de Delgatti na PF constam na decisão em que o ministro Alexandre de Moraes autorizou hoje a prisão preventiva do hacker. O magistrado também ordenou busca e apreensão em endereços e veículos ligados a Zambelli. Delgatti é conhecido como hacker da Vaza Jato, por seu envolvimento no vazamento de trocas de mensagem entre o ex-juiz responsável pela Operação Lava Jato Sergio Moro e o ex-procurador da República Deltan Dallagnol. O caso culminou na anulação de diversas condenações judiciais.

RESPOSTA

Em nota, a defesa de Carla Zambelli confirma a realização de mandados de busca e apreensão em seus endereços nesta quarta-feira e diz que “a medida foi recebida com surpresa, porque a deputada peticionou, através de seu advogado constituído, o Dr. Daniel Bialski, colocando-se à disposição para prestar todas informações necessárias” e que,“em nenhum momento, a parlamentar deixou de cooperar com as autoridades”.

“Respeita-se a decisão judicial, contudo, refuta-se a suspeita que tenha participado de qualquer ato ilícito. Por fim, a Deputada Carla Zambelli aguardará, com tranquilidade, o desfecho das investigações e a demonstração de sua inocência”, acrescenta o texto.

Em nota, a defesa de Walter Delgatti informou que ele foi transferido da Delegacia da Polícia Federal em Araraquara para o centro de Detenção Provisória da Cidade. As informações são da Agência Brasil.

Fonte- opiniaoce.com.br

Blog Nilson Técnico Bosch Informa;


Nenhum comentário:

Postar um comentário