O ministro da Educação, Camilo Santana, disse, nesta terça-feira (25), que solicitou ao INSS e à Receita Federal para rastrearem os dados dos estudantes devedores do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies), antes de lançar o novo formato do programa que, segundo o ex-governador do Ceará, terá um “viés mais social”. As declarações foram dadas em entrevista à GloboNews.
Segundo o ministro, a adesão ao programa tem diminuído ao longo do tempo por conta de suas regras. O Fies chegou a ter 700 mil pessoas financiadas por ano, mas atualmente não passam de 50 mil. “O Fies deixou de ser um programa social para ser um programa financeiro. (…) O Fies vai voltar a ser um programa social e vai ter um novo programa de renegociação das dívidas porque grande parte [dos alunos] estão endividados”, disse.
Camilo garantiu que o novo Fies vai voltar a financiar o teto. Ainda de acordo com o ministro da Educação, foi realizado um rastreamento com o intuito de identificar o tipo da dívida. “O que fizemos: pedimos os dados do INSS e da Receita Federal para cruzar informações porque nem as informações a gente tinha em relação ao tipo da dívida, ao tipo de devedor, para saber se essa pessoa não pagava porque não queria ou porque não podia”, revelou.
Uma das metas do Governo Federal é aumentar o número de estudantes no ensino superior. Na visão de Camilo Santana, com o financiamento estudantil a possibilidade de entrada nas faculdades privadas – que são maioria no País – aumentam. “É importante as pessoas saberem que 85% das nossas universidades, dos cursos superiores no Brasil são privados. Para a gente atingir as metas do Plano Nacional de Educação, precisamos colocar estudantes dentro das universidades privadas. Então, o financiamento é muito importante para as pessoas carentes”, explicou.
Fonte- cn7.com.br
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