Os líderes do centrão, também, desistiram da ideia da CPI, por considerar uma entrega fácil para Ciro e Lula. Bolsonaro seria o culpado pela alta dos combustíveis, por não controlar uma empresa estatal e cuja diretoria foi escolhida pelo presidente da República.
Na outra ponta, Ciro e Lula já falam em inflação alta e comida cara, há meses. Bolsonaro considerava razoável dizer que a carestia era um problema mundial, causado pela guerra na Ucrânia e pela alta do dólar, além do alto custo do petróleo. Não foi assim. Pelo contrário, a população culpa diretamente o governo pelo preço da carne, do frango, do ovo e das verduras e legumes.
A melhor saída, talvez, esteja dentro da cabeça dos líderes do centrão. Ou seja: o governo colocar um presidente na Petrobras que reduza de 31% para 6% o lucro da empresa, o que reduziria em até R$ 2,50 o preço do litro dos combustíveis. Todas as empresas de combustíveis atuam com lucro de seis por cento, porque nesse negócio o ganho está no volume. No caso da Petrobras, que tem o monopólio, fica fácil atingir metas e lucros.
No discurso aos eleitores, Bolsonaro tem conseguido a percepção de ser vítima de uma empresa, cujo poder é limitado e que pretende, como fez com a Polícia Federal, assumir seu controle. Bolsonaro tem pouco mais de 90 dias. Seu prazo termina em 2 de outubro, quando será julgado pelas urnas. Pode seguir, mas, também, parar.
Fonte-blogrobertomoreira.com
Blog Nilson Técnico Bosch Informa;
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