André Mendonça, aprovado pelo Senado para o STF
EDILSON RODRIGUES/AGÊNCIA SENADO
Aprovado pelo Senado para ser ministro do STF, André Mendonça diz que terá 'responsabilidade muito grande'.
O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública e ex-advogado-geral da União André Mendonça agradeceu ao Senado por aprovar sua nomeação à Corte e definiu a conquista como um marco para os evangélicos.
“Queria agradecer a todos os brasileiros que intercederam por mim. A primeira reação foi dar glórias a Deus por essa vitória. É um passo para um homem, mas, na história dos evangélicos do Brasil, é um salto. Um passo para o homem, um salto para os evangélicos. Responsabilidade muito grande. Uma nação em que 40% da sua população, hoje, é representada no Supremo Tribunal Federal”, disse Mendonça na noite desta quarta-feira (1º), em pronunciamento à imprensa.
Um dos motivos que levaram Mendonça a ser indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para substituir o ministro aposentado Marco Aurélio Mello foi o fato de ele ser pastor evangélico. Bolsonaro sempre disse que escolheria alguém “terrivelmente evangélico” para fazer parte do STF.
Mendonça agradeceu também a Bolsonaro pela indicação e se disse "honrado em poder servir ao meu país no Supremo Tribunal Federal". "Assumi vários compromissos no dia de hoje. Compromissos com a minha nação. Não tem nada mais gratificante para mim do que servir ao meu povo. Como eu disse na sabatina, eu não sou perfeito, eu não sou o melhor, eu não sou mais inteligente, mas eu acredito que, com persistência, com resiliência, com dignidade, respeitando as pessoas, você é capaz de transformar a sua própria realidade e a realidade do seu povo."
Mendonça acompanhou do gabinete do senador Luiz do Carmo (MDB-GO) a votação da sua indicação para o STF. Ele estava ao lado da mulher e dos filhos. Após a divulgação do resultado, houve muita festa para Mendonça. Muitos parlamentares e pastores evangélicos foram ao gabinete para parabenizá-lo e fazer orações. A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, também foram ao Senado para falar com Mendonça.
O novo ministro aguardou quatro meses para ser aprovado para o STF. Desde a indicação de Bolsonaro, em julho, o presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), relutou em marcar a sabatina de Mendonça, o que atrasou a análise pelo plenário da Casa.
O senador foi bastante criticado por colegas e só concordou em realizar a sessão do colegiado nesta quarta-feira porque o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), pediu um esforço concentrado dos senadores nesta semana para a votação de nomes de autoridades.
Segundo Mendonça, “foi um processo longo, difícil, mas de muito aprendizado”. Ele afirmou que não guarda mágoas de Alcolumbre e desejou o melhor ao senador. De todo modo, destacou que a sua aprovação “é uma demonstração de que os fins não justificam os meios” e “de que nós podemos vencer com integridade, com esforço, com dedicação, mesmo quando muita gente e até mesmo muita gente poderosa não acredita na gente”.
“É uma demonstração de que, quando um povo se une, nós superamos as dificuldades. Deus não poderia [permitir outro resultado] numa história tão difícil, de tantas caminhadas por esse Senado, sempre com humildade, dignidade, e sem abrir mão dos meus princípios, sem abrir mão dos meus valores”, observou.
Fonte-noticias.r7.com
Blog Nilson Técnico Bosch Informa;
Nenhum comentário:
Postar um comentário