Datena critica chapa Lula-Alckmin e deve apoiar Doria para a presidência.

 Apresentador cogita disputa pelo Senado após saída do PSL(foto: Band/Divulgação)

Autor Maria Eduarda Pessoa

Na avaliação de Datena, a incerteza em torno da chapa Lula-Alckmin desgasta o ex-governador de SP. "Pesou 100% na minha decisão [de apoiar Doria e Garcia]", revelou.

O apresentador José Luiz Datena deve apoiar os tucanos João Doria para a Presidência e Rodrigo Garcia, para o Governo de São Paulo. A informação é da Folha de S.Paulo, que revela mais uma reviravolta na corrida eleitoral de 2022.

"Fui convidado e aceitei participar da chapa deles, disputando um cargo majoritário", disse o apresentador, que estava de saída do PSL para o PSD, de Gilberto Kassab, para disputar o Senado por São Paulo.

Datena deve buscar a mesma vaga na prática, mas não descarta outras opções. Questionado se poderia formar chapa com um dos tucanos e sair como vice, o apresentador se disse "preparado". "Se eles não arrumarem ninguém melhor, por que não?".

O partido pelo qual o jornalista vai concorrer, no entanto, é uma incógnita até aqui. "Vai depender da coligação, mas pode ser o próprio PSDB", disse. Em 2018, Datena chegou a ser anunciado como pré-candidato do DEM ao Senado na chapa de Doria ao governo paulista, mas desistiu.

Em seu programa na TV Bandeirantes, ele faz críticas recorrentes ao governo paulista. "Isso mostra um desprendimento do Doria e do Garcia. Eles sabem que eu posso agregar, posso ajudar a corrigir alguma coisa. Acredito que você possa mudar o sistema por dentro", disse.

A decisão é um revés para Kassab, e mais um efeito das movimentações envolvendo o nome do ex-governador Geraldo Alckmin, que já anunciou sua saída do PSDB.

Alckmin quer disputar o governo paulista, provavelmente pelo PSD, mas flerta com uma possível candidatura à vice-presidência em chapa ao lado de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na avaliação de Datena, todavia, essa indefinição está desgastando Alckmin.

"Eu acho que essa indefinição está fazendo muito mal para o Alckmin. Pesou 100% na minha decisão [de apoiar Doria e Garcia]", disse o apresentador. Para ele, Lula "não se desgastou nada com essa ideia, ao contrário do Alckmin".

Fonte-opovo.com.br

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