Deputado federal Nereu Crispim (PSL-RS).(foto: Reprodução/Redes Sociais)
Odeputado federal bolsonarista Nereu Crispim (PSL-RS), presidente da Frente Parlamentar Mista dos Caminhoneiros Autônomos e Celetistas, é mais um dos apoiadores próximos ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que está decepcionado com a gestão. Interlocutor das negociações sobre pautas de caminhoneiros com o governo federal a respeito da paralisação da categoria, Crispim afirmou à Folha de S. Paulo que o presidente e o ministro da Economia, Paulo Guedes, “só trabalham para banqueiro e investidor da Bolsa de Valores”.
A próxima greve dos caminhoneiros tem previsão de início para o dia 1º de novembro e, de acordo com o parlamentar, havia uma reunião marcada entre representantes da classe e do governo, para tratar do assunto na próxima quinta-feira, 28. No entanto, a Secretaria Especial de Articulação Social do governo federal desmarcou o encontro por email. O motivo seria a veiculação na imprensa de que ministros estariam presentes, o que não seria verdade.
Segundo Crispim, Bolsonaro está encomendando a paralisação, mas não há previsão de novas reuniões para negociação com o governo. "Os R$ 400 que eles estão oferecendo é esmola para o caminhoneiro", afirmou o deputado a respeito do auxílio que Bolsonaro prometeu que seria criado para atender a categoria.
Desde 2018, o interlocutor do governo com os caminhoneiros tem sido o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas. No entanto, o Crispim afirma que o gestor da pasta vem "empurrando com a barriga” as pautas da categoria. "A única pessoa que não queremos que participe de uma reunião com caminhoneiros é ele. Não fez nenhuma entrega por caminhoneiros autônomos. Fazemos questão de que não participe. Ele se dizia autorizado pelo governo para tocar essas pautas e nunca resolveu nada, desde 2018. Sempre conversa fiada", complementou.
Atualmente, o deputado vem negociando reuniões com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Para Crispim, a classe está fazendo uma articulação mais organizada dessa vez.
"Os caminhoneiros estão bem comprometidos, bem fechados. As pautas estão unificadas, com piso mínimo, aposentadoria especial, ponto de parada. E o principal, a mudança da política de preços da Petrobras, que aniquila qualquer resultado financeiro dos caminhoneiros autônomos, que estão em situação de miséria, assim como a população, usando lenha para cozinhar, comprando osso a R$ 4", disse o parlamentar.
De acordo com informações do jornal, um dos motivos da interrupção das negociações mediadas por Crispim é que na interpretação do governo o deputado está tentando se promover às custas dessas pautas. Porém, lideranças dos caminhoneiros, como o organizador da greve de 2018, Wallace Landim, o Chorão, confirmam que Crispim é de fato o negociador parlamentar da categoria.
Fonte-opovo.com.br
Blog Nilson Técnico Bosch Informa;
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