por- LUCAS HENRIQUE GOMES
Cúpula da comitiva nacional argumentam que o presidente Adilson Barroso agiu de forma ilegal para convocar a convenção desta segunda-feira.
A cúpula do diretório nacional do Patriota entrou com um processo administrativo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra “manobras” praticadas pelo presidente nacional da sigla, Adilson Barroso, que permite a filiação de membros da família do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Nesta segunda-feira (31), o senador Flávio Bolsonaro anunciou a sua filiação à legenda após uma convenção marcada por críticas pela condução de Barroso.
O documento é assinado pelo primeiro vice-presidente nacional, Ovasco Resende, outros membros do grupo nacional e pelo deputado federal mineiro Fred Costa, também integrante do diretório e líder do Patriota na Câmara dos Deputados.
De acordo com a petição apresentada pela advogada Fernanda Caprio, a ação busca garantir “aplicação e atestamento da democracia interna partidária; investidura de mandatos eleitos em convenção partidária nacional e a validação legal dos atos do partido”. Pelas argumentações, o estatuto da legenda, em vigência de 2018, traz que diversas ações partidárias e administrativas devem ser exercidas em conjunto pelo presidente e pelo primeiro vice-presidente nacional.
“Ocorre que desde então , há rumores de intenção pessoal do presidente nacional Adilson Barroso Oliveira em filiar o Exmo. Sr. Presidente da República Jair Bolsonaro (atualmente sem partido). Apesar da busca pela democracia interna partidária, os integrantes da Direção Nacional vêm tomando ciência pelos jornais de reuniões ou conversas articuladas exclusivamente pelo Presidente Nacional Adilson Barroso Oliveira com o Exmo. Sr. Presidente da República Jair Bolsonaro. Por diversas vezes a Comissão Executiva e o Conselho Político Nacional do partido convocaram o Presidente Adilson Barroso Oliveira para reuniões a fim de firmar diretriz nacional sobre este tema, mas de depararam com sua ausência, ou resistência”, afirma o documento.
O grupo ressalta que a cúpula “jamais se posicionou contra a filiação” de Bolsonaro ao Patriota, mas sabendo das pretensões dele à reeleição e que busca acomodar diversos apoiadores e mandatários, “compete à convenção nacional do decidir democraticamente se o partido terá candidatura presidencial própria em 2022 e, em caso positivo, se é vontade da maioria que o candidato seja o Exmo. Sr. Presidente da República Jair Bolsonaro e que seus apoiadores ocupem posições no Patriota”.
A advogada afirma que para viabilizar a chegada de Bolsonaro e de seus filhos, Adilson Barroso publicou “silenciosamente edital de convocação de convenção nacional sem prévia ou posterior comunicação aos convencionais, sem dar ampla publicidade aos membros do partido, sem sequer viabilizar a eles oportunidade desembaraçada de participar já que a publicação ocorreu no dia 27 (quinta-feira) e a convenção foi marcada para 31/05/2021 (segunda-feira) às 11 horas, num município do interior do Estado de São Paulo, Barrinha”.
A maioria da comitiva nacional publicou avisos de cancelamento do edital em jornais de circulação nacional, mas não conseguiu publicar no Diário Oficial da União (DOU) porque apenas Barroso tem a senha de acesso. O grupo alega ainda que Barroso, “na calada da noite, por ato individual, sem convenção partidária de eleição e substituição de membros, utilizou-se de sua senha nacional do SGIP/TSE, e substituiu membros eleitos na convenção de 07/11/2018 e com direito a voto na convenção de 31/05/2021”, além de incluir outros cargos e nomes não aprovados anteriormente no diretório.
Por fim, o documento pede que o TSE restaure a composição original do diretório nacional, restabeleça o credenciamento de delegados da sigla, exclua os nomes daqueles inseridos indevidamente e dê uma senha ao primeiro vice-presidente. Na prática, as medidas anulariam as manobras de Barroso e impediria o resultado da convenção desta segunda-feira.
Fonte-otempo.com.br
Blog Nilson Técnico Bosch.
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