O presidente Jair Bolsonaro já assumiu publicamente que se chegar em 2022 no cargo, pretende disputar a reeleição. Bolsonaro tem contra mais de 120 pedidos de impeachment engavetados e não arquivados na Câmara dos Deputados presidida pelo aliado Artur Lira, PP-AL. Bolsonaro pretende liderar uma aliança de partidos de direita a partir do PSL, PRB e Patriota.
O ex-presidente Lula, liberado pelo STF que mandou para o lixo todas as decisões do ministro Sérgio Moro, inclusive suas condenações, está no páreo e lidera todas as pesquisas com folga. Lula criou um novo ambiente político para a sucessão presidencial. O petista tem grande apelo popular e se move bem entre partidos de esquerda, de centro e até da direita. Lula esteve em Brasília conversando com presidentes de partidos e segue em São Paulo promovendo encontros com deputados, senadores, governadores e prefeitos. O petista, paralelo aos encontros, prepara o PT para as disputas estaduais, construindo palanques para o partido e para sua campanha como candidato a presidente. A bandeira do PT ganhou força para 2022, mas a esquerda está dividida porque o nome em ascensão, Ciro Gomes, está na estrada e se apresenta como a alternativa para tirar o país da polarização entre dois rejeitados pelo eleitor, segundo as pesquisas. Lula e Bolsonaro tem mais de 60% de rejeição.
A opção Ciro Gomes é real. O ex-ministro da Fazenda e da Integração Nacional se preparou ao longo da vida pública para disputar o cargo número 1 da política brasileira. Ciro poderia ter sido eleito presidente do Brasil em 2018 se o ex-presidente Lula tivesse cumprido o acordo onde Ciro seria o candidato a presidente em aliança de centro -esquerda. O pré-candidato do PDT atua para montar uma aliança com a Rede, Solidariedade, PSD, DEM e o PSB.
A justiça eleitoral já colocou o radar em ação para acompanhar a pré-campanha. O presidente Bolsonaro foi advertido e multado. Os demais pré-candidatos também estão na mira. É consenso a leitura política na qual o presidente Bolsonaro detonou sua sucessão de forma antecipada, o que é negativo para seu governo e custo será alto para a nação. A CPI da COVID-19 é exemplo claro da ofensiva da oposição e os eventos políticos promovidos por Bolsonaro incendeiam e empolgam bolsonaristas.
A cada dia, lances da pré-campanha vão construindo contornos para a narrativa de governistas e da oposição. A compra bilionária de vacinas elevou a temperatura política em Brasília. Mais grave é o fato do denunciante sobre superfaturamento ou sobrepreço na aquisição da vacina indiana é um bolsonarista escolhido a “dedo” pelo presidente da república. Caiu no colo dos senadores da CPI um fato concreto e grave. A verdade terá que surgir. Será a única saída para o governo sobreviver.
Lula, Bolsonaro e Ciro vão construindo seus próprios cenários para 2022. O eleitor, que não viu o Brasil melhorar em nenhum segmento, no seu dia a dia acompanha a retórica de sempre. Um governo que não governa, um congresso que não vota projetos para destravar o país e um judiciário que governa os dois poderes para evitar o caos.
Fonte-blogrobertomoreira.com
Blog Nilson Técnico Bosch informa;
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