A Anvisa errou, decidiu sob pressão política, cometeu um ato irresponsável contra a ciência, declararam deputados, senadores e governadores. Os governadores não entendem como uma vacina que está sendo aplicado em 80 países é descartada e impedida de ser aplicada no Brasil porque a Agência de Vigilância Sanitária fez exigências absurdas, exageradas, quase um inquérito policial para aceitar o imunizante produzido na Rússia. Na avaliação da agência, o laboratório russo, que produz a vacina Sputinik V, não entregou a papelada exigida para receber a autorização e passar a ser aplicada no país.
Quem puxou a votação contra a entrada da vacina Russa no Brasil foi o almirante Barra Torres, um militar ligadíssimo ao Palácio do Planalto, presidente da Anvisa. A decisão foi na noite de segunda-feira, 26, mas o presidente Bolsonaro disse na Bahia pela manhã, na mesma data, que seria dado o segundo grito de independência. Os governadores entenderam como aviso da negativa da Anvisa e o presidente já saberia do placar e teria manobrado para impedir a compra da vacina por governadores e prefeitos com aval do Supremo Tribunal Federal.
O governador Camilo Santana disse respeitar o ponto de vista burocrático da Anvisa, mas seguirá lutando pela compra da Sputinik V. Camilo colocou, ainda, expressão de surpresa. O Ceará iria comprar 5,8 milhões de doses. Segundo Camilo, outros desdobramentos devem marcar a polêmica decisão da Anvisa.
A manobra patrocinada pela Anvisa, de uma vez só, atingiu governadores, prefeitos e a mais alta corte do país, o Supremo Tribunal Federal que liberou a compra condicionando ao aval da Anvisa. O STF deve se pronunciar sobre a posição da agência sanitária após ouvir o Fundo Soberano Russo, responsável pela produção e comercialização da Sputinik V.
A CPI do Covidão, como foi batizada a Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado que vai apurar as ações e manobras do governo federal contra o combate a Covid-19, as atitudes do presidente Bolsonaro e os gastos por estados e municípios, decidiu incluir a Anvisa no alvo das investigações.
O Fundo Russo que iria fornecer a vacina, disse que a decisão da Anvisa foi sob pressão política e de forma clara, pontuou a intenção da Anvisa de impedir o envio da vacina para o Brasil. A Anvisa poderia ter investigado países que usam a vacina e seus contratos, conforme colocou o governador do Maranhão Flávio Dino, surpreso com a decisão de Anvisa que considera mesquinha, para atender o capricho dos negacionistas. Já o governador cearense, Camilo Santana disse que ao final o bom senso vai prevalecer.
O Brasil vive o pior momento da pandemia e deve atingir a marca dos 400 mil mortos até 1º. de maio. Negar a vacina mais eficaz, com mais de 92% de eficácia aos brasileiros é grave. A Anvisa terá que explicar muito bem sua decisão e o Ministério da Saúde terá que se posicionar sobre a decisão do órgão de vigilância sanitária. O brasileiro que enterra seus mortos por Covid sofre, os que tentam se imunizar, se revoltam. O país precisa se unir.
Fonte-blogrobertomoreira.com
Blog Nilson Técnico Bosch.
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