A investigação corre em segredo de Justiça e tem origem em depoimentos prestados pelo ex-ministro Antonio Palocci em seu acordo de delação premiada com a Polícia Federal. O ex-petista não apresentou provas que embasem suas acusações (leia mais a respeito ao fim deste texto).
As ações, que fazem parte de nova fase da operação Appius, foram acompanhadas por representantes da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), já que os alvos são escritórios de advocacia. A PF apura, em parceria com o MPF (Ministério Público Federal), suspeitas de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro atribuídos a executivos da empreiteira Camargo Corrêa e a políticos.
Em nota, o MPF esclareceu que as diligências “mostraram-se necessárias diante de circunstâncias atípicas verificadas durante o cumprimento de outras medidas investigativas, como por exemplo a ausência de computadores na(s) residência(s) do(s) advogado(s) investigado(s), embora ali houvesse impressoras, cabos de rede e de energia e monitores, além da formatação de celulares com apagamento de dados e de outros fatos que denotaram possíveis ações de ocultação de elementos relevantes à apuração”.
Em sua delação, sem dar provas materiais, Palocci falou sobre suposto pagamento de R$ 50 milhões feito pela Camargo Corrêa para a campanha do PT em 2010. Citou também por ter ouvido dizer, que Cesar Asfor Rocha teria recebido R$ 5 milhões por ter concedido uma medida liminar (provisória) em janeiro de 2010 que suspendeu a operação Castelo de Areia, que apurava supostos pagamentos de propina a políticos feitos pela Camargo Corrêa.
O ex-ministro do STJ Cesar Asfor Rocha negou veementemente, reiteradas vezes, esse conluio. Ele tampouco foi o responsável pela anulação da Castelo de Areia.
Em 7 de novembro de 2019, a casa de Asfor Rocha já havia sido alvo de busca e apreensão. Naquela ocasião, a sua assessoria de imprensa se manifestou afirmando que Palocci “dissemina mentiras com base no que diz ter ouvido falar e que, por falta de consistência e de provas, essa mesma delação foi recusada pelo Ministério Público Federal”.
Eis a nota do escritório Cesar Asfor Rocha Advogados enviada ao Poder360 nesta 6ª feira:
“O escritório Cesar Asfor Rocha Advogados aguarda com serenidade as apurações baseadas em afirmações do ex-deputado Antonio Palocci. As suposições com que o ex-petista, já condenado por corrupção, tenta comprar sua liberdade não têm respaldo nos fatos.”
Fonte-informação dePoder360°.- cn7.com.br
Blog Nilson Técnico Bosch.
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