O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) apresentou Projeto de Lei que define o novo marco regulatório do saneamento básico no País. A proposta reproduz o Projeto de Lei de Conversão (PLV) nº 8, de 2019, decorrente da apreciação da Medida Provisória (MPV) nº 868, de 2018. A única inovação em relação ao texto do PLV aprovado diz respeito ao art. 12, resultado da aglutinação de diversas emendas apresentadas à MPV e de um acordo entre as principais lideranças ligadas ao tema. Com esse Projeto, Tasso Jereissati busca modernizar o marco regulatório de saneamento básico, por meio de alterações em diversas leis.
“Essa modernização é necessária e urgente. O modelo institucional do setor precisa ser otimizado de modo a superar os graves índices hoje observados no Brasil. Cerca de 35 milhões de brasileiros não têm acesso a água tratada. Metade da população, em torno de 104 milhões de pessoas, não têm acesso aos serviços de coleta de esgoto”, disse o Senador em sua justificativa.
Para ele, “são dados graves, que dificultam a melhoria dos índices de desenvolvimento humano (IDH) e trazem sérios prejuízos sociais e econômicos a diversos setores produtivos, retardando o desenvolvimento da nação.”
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que em torno de 15 mil pessoas morrem no Brasil todos os anos devido a doenças ligadas à precariedade do saneamento. Em duas décadas, “a manutenção desse quadro pode ceifar a vida de aproximadamente 300 mil brasileiros”.
Ao defender seu projeto, Tasso ressalta que, dados do Instituto Trata Brasil, apontam que a universalização dos serviços públicos de saneamento básico proporcionaria, em 20 anos, benefícios econômicos e sociais da ordem de R$ 537 bilhões, computando diminuição dos custos com internações e afastamentos do trabalho, aumento da produtividade no trabalho (incluindo melhoria na educação), valorização imobiliária e valorização ambiental para a economia do turismo.
Após a leitura do Projeto em Plenário, hoje à noite, a matéria foi encaminhada à Comissão de Infraestrutura em regime de urgência.
Fonte-cn7.com.br
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