Em 2018 | O balanço divulgado pela companhia que administra o Porto do Mucuripe aponta redução no volume de cargas transportadas.
QUEDA do volume de cargas movimentadas foi de 2,58% no ano passado (Foto: Alex Gomes - Especial para O POVO/Alex Gomes - Especial para O POVO)
A Companhia das Docas do Ceará movimentou 4,9 milhões de toneladas de cargas em 2018. O volume é 2,58% menor que o registrado em 2017. Os dados constam no balanço financeiro da administradora do Porto do Mucuripe, em Fortaleza, que aponta ainda para um resultado econômico deficitário de R$ 14,7 milhões.
O prejuízo financeiro, no entanto, é menor que o apurado em 2017, que chegou a R$ 17,9 milhões. De acordo com o documento, dentre outros fatores, contribuíram para isso despesas com variação monetária de créditos para futuro aumento de capital; provisionamento de ações trabalhistas, cíveis e tributárias; e, sobretudo, o desconto da consolidação do Programa Especial de Regularização Tributária (Pert), em agosto de 2018, que ocasionou uma redução no prejuízo do exercício de 2018 de R$ 3,4 milhões.
O diretor presidente da companhia, César Augusto Pinheiro, destacou no balanço que apesar da redução do volume de movimentação de cargas, o porto registrou crescimento recorde de 108,36%, em 2018, nas exportações. Principalmente, em relação a frutas que obteve incremento, em contêineres, de 1.265% em comparação ao volume de 2017. No período da safra 2018 foram 7.003 contêineres.
Ele também acrescenta que houve ganho de eficiência operacional de 5,42%, mesmo com a saída da Log In, um dos principais agentes do Porto do Mucuripe, entre agosto a outubro do ano passado. "Confirmando a eficiência do Porto de Fortaleza, mesmo em meio à crise estabelecida mundialmente, com ações que possibilitam elevar permanentemente o padrão de manutenção das estruturas físicas como forma de garantir a modernização e, por conseguinte, a fidelização do usuário ao Porto e, ainda, o alcance de maior atratividade de cargas".
Dentre as obras realizadas no período houve adequação da estrutura de defensas marítimas (equipamento que ajuda a proteger o casco da embarcação); a conclusão do sistema de reconhecimento de placas automotivas e códigos de contêiner; dragagem do berço do Novo Terminal Marítimo de Passageiros, que aumentou o calado (profundidade) do porto, o que vai permitir a atracação de navios transatlânticos; navios de contêiner e com cargas limpas.
O diretor da Conceito Investimentos, Thomaz Bianchi, ao observar os números, explica que o resultado da Companhia Docas do Ceará, embora ruim, faz parte de um contexto de crise no setor de transportes de modo geral. "A própria Log In, uma das maiores empresas de transporte marítimo, quase entrou em recuperação judicial no ano passado, e a relação entre estas empresas e um porto é grande. Se uma cresce, a outra também. Teve ainda a greve dos caminhoneiros".
Um ponto positivo, ressalva, é que mesmo com a redução do volume de cargas transportadas e aumento nos gastos com obras, houve redução da retirada de recursos de caixa. A diferença entre o apurado no início do ano e no fim, que era de R$ 5 milhões, em 2017, caiu para R$ 311 mil em 2018.
Fonte-opovo.com.br
Blog Nilson Técnico Bosch.
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