O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) denunciou o prefeito de Pentecoste, João Bosco Pessoa Tabosa, pelos crimes de associação criminosa, estelionato contra idoso e lavagem de dinheiro. A denúncia foi feita através da Promotoria de Justiça de Pentecoste e do Grupo de Combate às Organizações Criminosas (GAECO).
A denúncia é um desdobramento da Operação Caixa 2, que desarticulou uma associação criminosa que angariou grandes quantias para financiamento de campanha eleitoral do prefeito e do presidente da Câmara em 2016.
Também foram denunciados pelos mesmos delitos a primeira-dama e secretária de Finanças, o presidente da Câmara, a procuradora do Município, dois bancários do Banco do Brasil, além de Maria da Conceição Domingos Sousa e Moisés da Silva Gomes. O presidente da Câmara foi denunciado, ainda, por peculato, pois Maria da Conceição foi empregada na Câmara como funcionária fantasma.
Segundo a denúncia, com o auxílio de Maria da Conceição Domingos Sousa, Moisés da Silva Gomes, e dos dois bancários, foi realizada uma série de estelionatos em idosos, por meio de empréstimos e adiantamentos de 13º salários sem autorização.
A Operação Caixa 2 evidenciou ainda um esquema de funcionários fantasmas na Câmara Municipal de Pentecoste, isto é, pessoas que nunca trabalharam no órgão legislativo estavam na folha de pagamento recebendo salário.
Conforme os promotores de Justiça que assinaram a denúncia, foi reiterado o pedido de afastamento das funções do prefeito, a ser apreciado pelo juiz que recebeu a denúncia, Caio Lima Barroso. “Ressaltamos que a denúncia contra o prefeito foi ofertada no primeiro grau em razão da nova decisão do Supremo Tribunal Federal, que determina que o agente político tem que estar no cargo e o fato deve ser em razão dele”, explicou o promotor de Justiça de Pentecoste, Jairo Pereira Pequeno Neto.
Na época que a Operação foi deflagrada, em outubro de 2018, Maria da Conceição já havia sido presa preventivamente e, com a colaboração premiada dela, o MPCE teve acesso a fotos e vídeos que demonstraram a participação das autoridades municipais.
Na ocasião, a Justiça determinou a realização de busca e apreensão na Câmara dos Vereadores e na residência de Clara Pinho e Pedro Cardoso; o afastamento de Clemilda Pinho, Pedro Cardoso e Clara Pinho dos respectivos cargos públicos por 180 dias, vedando que estes se aproximassem de quaisquer órgãos públicos; o afastamento dos cargos dos bancários por 60 dias; o sequestro de bens do prefeito João Bosco; e a quebra do sigilo bancário dos envolvidos.
O POVO Online entrou em contato com a Prefeitura de Pentecoste, buscando obter declarações sobre a denúncia. O número de contato informado no site foi contatado entre as 18h15min e 18h40min, mas não foi atendido.
Fonte-REDAÇÃO O POVO ONLINE.
Blog Nilson Técnico bosch.
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