Sozinho, sem Centrão e sem PSB, Ciro terá 30 segundos na TV e frágeis palanques estaduais.
O que Ciro não conseguiu no âmbito nacional é o que o cirismo soube construir no Ceará para manter uma hegemonia política jamais vista em nossa História.
Por Fábio Campos
Fonte-fabiocampos@focus.jor.br
No espaço de apenas nove dias, a candidatura de Ciro Gomes (PDT) sofreu dois duros golpes que, se não inviabilizam as chances eleitorais, tornam o sucesso de sua empreitada algo muito mais difícil. No dia 24 passado, a primeira pancada: Ciro assistiu o Centrão sentar no colo de Geraldo Alckmin (PSDB). Uma longa e exaustiva articulação de bastidores com os partidos que compõem esse grupo havia deixa Ciro o cirismo eufóricos. Porém, o desfecho foi outro.
No fim da tarde desta quarta-feira, a segunda pancada: o PT foi pragmático e cedeu espaços para o PSB em eleições estaduais. Em troca, o PSB ficaria neutro nas eleições presidenciais. Ponto final. O partido era a boia que restava para viabilizar a candidatura de Ciro.
O cenário aponta que Ciro agora está isolado. Sem alianças, o PDT e seu candidato a presidente ficarão restritos a cerca de 30 segundos por cada bloco de 25 minutos de propaganda eleitoral no rádio e na TV. Um minifúndio perto do latifúndio de tempo que caberá ao tucano e também ao candidato do PT, que ainda força para ter o PCdoB como parceiro.
Não é apenas um prejuízo no horário gratuito. Alianças significam palanques estaduais, candidatos a governador e partidos trabalhando a favor de uma candidato a presidente. O que Ciro não conseguiu no âmbito nacional é o que o cirismo soube construir no Ceará para manter uma hegemonia política jamais vista em nossa História.
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