domingo, 29 de julho de 2018

POLÍTICA - ELEIÇÕES 2018 - MULHERES DEVEM TER SEU ESPAÇO PRIORIZADO - VEJA AQUI.

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Eleições 2018. Partidos precisam mudar a postura sobre as mulheres.

| ESPAÇO | Alas femininas das siglas esperam que novas regras de financiamento das campanhas ampliem espaço de mulheres nos partidos e que haja produção de novas lideranças.


A nova regra de distribuição de recursos para as campanhas, que beneficiam as candidaturas de mulheres, foi comemorada pelos setoriais que tratam a temática dentro dos partidos e demonstram a disputa enfrentada pelas alas femininas nas agremiações.
A secretária de mulheres do PT Ceará, Fátima Bandeira, diz que a nova regra é um “avanço importante” para a conquista de espaços eleitorais viáveis para as candidatas. Ela, no entanto, entende que essa é só uma parte das conquistas. “Essa mudança da participação política ainda vai levar um tempo”, prevê.
Fátima considera que essa discussão passa para outro patamar com essa mudança, levando os próprios partidos a ampliarem os espaços para as mulheres. A expectativa é de que as mulheres consigam desconstruir desigualdades dentro de suas próprias instâncias. “A sociedade ainda é muito machista e os partidos refletem a sociedade”, considera.
A visão é dividida com a integrante do setorial de mulheres do Psol Ceará, Louise Anne de Santana. Na avaliação dela, os desafios impostos para uma mulher que se coloca como candidata são superiores aos dos homens, que passa desde a disposição de tempo - uma vez que as mulheres têm de acumular funções que não são na mesma medida imposta aos homens - até o convencimento de que estão, de fato, preparadas para os cargos que se propõem a assumir.
“Primeiro a gente tem que compreender que o machismo é estrutural. Ainda hoje há o mito de que as mulheres não sabem falar outros assuntos que não seja sobre elas mesmas”, considera. Louise Anne sublinha que, ao manter essa visão, a sociedade também perpetua uma desconfiança sobre a preparação das mulheres em discutir outros pautas que não sejam eminentemente de gênero.
Gorete Pereira, presidente estadual do PR e uma das duas mulheres a ocupar assento na Câmara dos Deputados pelo Ceará, considera que esse fato ressalta a necessidade de formação de novas lideranças femininas dentro dos partidos, o que exige uma mudança interna ao tratar sobre o tema.
“Sempre digo que uma campanha política para um homem é com se fosse uma corrida. Para uma mulher, é uma maratona, porque ela precisa fazer um esforço muito maior para provar suas qualidades”, compara.
É preciso apostar nessas lideranças femininas. É o que defende a presidente do secretariado regional do PSDB Mulher, Sheila Diniz. Ela acredita que a maior disposição de recursos vai encorajar outras mulheres a colocarem seus nomes à disposição do pleito. O processo, ela alinha, desnaturaliza a visão ainda sedimentada de que apenas homens têm a hegemonia da disputa.
Essa mudança, pelo entendimento de Sheila, é melhor assimilada pelo eleitor, mas enfrentava algumas resistências partidárias. “Não é que o eleitor não queira votar em mulher, o que sempre faltou foram essas candidaturas serem mais bem trabalhadas. Faltava isso ser despertado dentro dos próprios partidos. Mas isso é um processo que já foi iniciado”, avalia.
Fonte-O Povo.Online. Rômulo Costa
Blog Nilson Técnico Bosch.






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