Líder do PT contraria Wagner sobre Ciro e diz que Lula está mantido.
O líder do PT na Câmara, deputado Paulo
Pimenta (RS), afirmou nesta quarta-feira, 2, que o ex-ministro Jaques
Wagner não expressou posição oficial do partido ao admitir na
terça-feira que a legenda pode indicar o candidato a vice na chapa do
ex-ministro Ciro Gomes (PDT). Pimenta insistiu no discurso de que a
sigla manterá a candidatura do ex-presidente da República Luiz Inácio
Lula da Silva e antecipará sua convenção nacional para lançar o nome do
petista ao Planalto.
"Temos maior respeito pelos demais partidos, por outros nomes, mas
não há, na nossa estratégia eleitoral, qualquer possibilidade de termos
candidato que não seja nosso presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Manifestações de apreço por demais candidatos, são absolutamente
naturais", afirmou o parlamentar gaúcho. "Acho que o ministro Jaques
Wagner foi generoso na sua manifestação, mas não expressa posição
oficial do partido", emendou.
+ PGR denuncia ministro Blairo Maggi por corrupção ativa
Segundo o líder do PT, o partido decidiu antecipar sua convenção
nacional para 28 de julho, quando aprovará o nome de Lula como candidato
à Presidência da República. Pimenta afirmou também que, mesmo com Lula
preso e inelegível após ter sido condenado em segunda instância no
processo do tríplex do Guarujá (SP), a legenda vai registrar a
candidatura do petista no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até 15 de
agosto, prazo limite para registro.
Durante ato das centrais sindicais em Curitiba nesta terça-feira, 1º
de maio, tanto Wagner quanto o ex-prefeito Fernando Haddad defenderam
diálogo do PT com outros partidos de esquerda para disputa presidencial.
Os dois são considerados "plano B" de Lula. Questionado por
jornalistas, o ex-ministro baiano defendeu manter candidatura do
ex-presidente este ano, mas confirmou que o partido poderá apoiar Ciro.
"Pode. Sou suspeito nesta matéria, porque sempre defendi que após 16
anos estava na hora de ceder a precedência. Sempre achei isso. Não
conheço na democracia ninguém que fica 30 anos (no poder). Em geral fica
12, 16, 20 anos. Defendi isso quando o Eduardo Campos ainda era vivo.
Estou à vontade neste território", respondeu Wagner, que também é
ex-governador da Bahia.
O ex-ministro defendeu as articulações feitas por Haddad, que já se
reuniu duas vezes com Ciro neste ano. "O Haddad teve uma conversa sobre a
economia brasileira e acharam que era sobre política eleitoral no
estrito senso. Esse é o caminho."
Nesta linha, Wagner disse que o PT deve estar aberto para conversar
com todas as forças do campo progressista, inclusive do ex-ministro do
Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, que ganhou projeção na
esteira da condenação de petistas no julgamento do mensalão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário