quarta-feira, 30 de maio de 2018

A Praia Acessível - ação é uma parceria entre a Prefeitura e o Governo do Estado do Ceará.

Seja bem-vindo a quarta-feira (30/5) de Praia Acessível, que garante acessibilidade às pessoas que possuem algum tipo de deficiência. A nova estação está instalada no Cumbuco. Trata-se da primeira implantada no município e a segunda do Estado. A ação é uma parceria entre a Prefeitura e o Governo do Estado do Ceará.
A estação oferece cadeiras anfíbias para banho de mar, esteiras, piscinas, mesas, banheiro acessível e itens de segurança. O projeto consiste em esteiras de 40 metros na faixa de areia que darão acesso ao mar. Uma equipe formada por monitores, assistentes sociais e enfermeiras estará disponível, tendo a parte física da barraca Cumbuco Beach como suporte.

terça-feira, 29 de maio de 2018

Prefeitura de Caucaia.

As melhorias chegaram hoje às margens da BR 222!
Na UBS Antônio Brasileiro, na localidade da Primavera, o prefeito Naumi Amorim entrou um equipamento de saúde reformado para o povo, com adequação dos ambientes internos, a ampliação da farmácia e do almoxarifado e muito mais.
A população merece!



Prefeitura de Caucaia.

Mais uma UBS reformada foi entregue para o povo!
Na localidade do Novo São Miguel, a população recebeu um equipamento requalificado, que foi recebido com entusiasmo pela comunidade e pelos profissionais da saúde.





Política - Eleições 2018.

BOLSONARO ATACA GREVES E QUER CAMINHONEIROS TRABALHANDO.





O candidato a presidência Jair Bolsonaro diz que a paralisação dos caminhoneiros já chegou ao seu extremo e precisa se encerrar; "não interessa a mim, ao Brasil, o caos agora”, afirmou; ele nega ter ligação com as lideranças dos caminhoneiros, como foi aventado durante a semana.

247 – O candidato a presidência Jair Bolsonaro diz que a paralisação dos caminhoneiros já chegou ao seu extremo e precisa se encerrar. “Não interessa a mim, ao Brasil, o caos agora”, afirmou. Ele nega ter ligação com as lideranças dos caminhoneiros, como foi aventado durante a semana.
“Se tiver de voltar [os militares], que volte pelo voto”, afirmou o deputado. Bolsonaro apóia os caminhoneiros e disse que irá revogar multas caso seja eleito.
“Eu não participei da eclosão do movimento. O Temer resolve agora isentar o pedágio por eixo levantado por MP, isso é uma reivindicação antiga deles, que eu conhecia. Eu vejo críticas na mídia de que o Temer está passando por cima de um contrato, mas não é um ato jurídico perfeito. Se é uma cláusula leonina, ela pode ser questionada na Justiça.”
(...)
Ninguém quer o caos. Quem quer o caos é a esquerda, acusar os latifundiários, os empresários, os americanos. Querem pretexto. No que depender de mim, ninguém vai dar pretexto de fazer uma falta. Não tem uma bandeira vermelha [entre os manifestantes], estão de parabéns. Se querem ir para a frente de quartel, tudo bem. Quem garante a liberdade e a democracia são os militares.”


Política- Eleições 2018.

Pesquisa Ibope SP sem Lula: Bolsonaro lidera com 19% e Ciro em quarto com 7%

Veja todos os cenários e ainda a rejeição, governador de SP, senador e avaliação de Temer.







Equipe Focus
focus@focus.jor.br
Pesquisa Ibope encomendada pela Band verificou a intenção de voto dos eleitores paulistas para pré-candidatos ao Palácio do Planalto. No mais provável cenário, sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Jair Bolsonaro (PSL) aparece com 19%, em empate técnico com Geraldo Alckmin (PSDB) que obteve 15%. Na sequência, Marina Silva (Rede) tem 11% e Ciro Gomes (PDT) aparece com 7%. Brancos e nulos são 27%.  4% não souberam responder.
O Ibope entrevistou 1.008 eleitores entre 24 e 27 de maio. A margem de erro máxima estimada é de três pontos porcentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.
Vejam todos os cenários pesquisados, incluindo a disputa para governador de São Paulo, que é liderada por João Dória (PSDB) e de senador do Estado mais populoso do País.
1 – CENÁRIO COM LULA
2 – CENÁRIO COM HADAD PELO PT
3 – CENÁRIO COM JAQUES WAGNER PELO PT
4 – REJEIÇÃO
5 – PARA GOVERNADOR SP
6 – PARA SENADOR SP


Política

Ivo Gomes é absolvido por unanimidade em segunda instância

Em novembro do ano passado, juiz cassou o mandato do prefeito de Sobral.





Ivo Gomes durante a última campanha para a Prefeitura de Sobral. Foto: Facebook.

Ivo Gomes (PDT), prefeito de Sobral, foi absolvido por unanimidade pelo Tribunal Regional Eleitoral. A decisão, que contou com seis votos, foi proferida nessa segunda-feira, 28. Em novembro do ano passado, Fábio Falcão,  juiz da 24º Zona Eleitoral de Sobral, determinou a cassação do mandato do pedetista. A acusação era de compra de votos e foi feita pela coligação que perdeu a disputa pela Prefeitura da cidade.

segunda-feira, 28 de maio de 2018

Prefeitura de Caucaia

A população do Pacheco ganhou hoje um equipamento de saúde novinho!
A UBS Valdenúzia Moreira Bastos agora conta com dois novos consultórios, uma farmácia padronizada e acessível, um ambiente exclusivo para o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf), novo mobiliário e ar-condicionado em todas as salas 👏
#PrefeituraDeCaucaia, mais qualidade e compromisso com a população!




Prefeitura de Caucaia.

A semana começou assim: com investimento na saúde!
O prefeito Naumi esteve na região do Picuí entregando à população a UBS Maria de Jesus Ferreira reformada 👏.




Prefeitura de Caucaia.


Dá uma olhada como está ficando a Areninha do Povo dos Sítios Novos ⚽️! A região será contemplada em breve com um equipamento que vai trazer ainda mais bem-estar e saúde para toda a comunidade. #AvançaCaucaia.






Prefeitura de Caucaia.

Caucaia ganhou hoje mais uma UBS reformada!
O prefeito Naumi Amorim esteve na Carauçanga nesta tarde entregando para o povo um equipamento ampliado e modernizado, garantindo melhor atendimento e acolhimento. A população merece!



Polícia Federal vai prender caminhoneiro que não voltar ao trabalho.

Muitos bloqueios se mantém mesmo após o acordo com supostos representantes da categoria.




Equipe Focus
focus@focus.jor.br
O Governo ajoelhado e uma montanha de concessões não foram  suficientes para arrefecer o ânimo dos caminhoneiros em manter o momento. Muitos bloqueios se mantém mesmo após o acordo com supostos representantes da categoria. Nota-se logo que os representantes não representam.
É por isso que a Polícia Federal resolveu fazer a sua parte no trabalho: no caso, iniciar operações para prender os caminhoneiros que resistem a voltar ao trabalho.

Política - Eleições 2018.

Chapa governista no Ceará já está bem desenhada

Para a vice de Camilo, pululam especulações e apostas dando conta que Izolda Cela tem chances de manter a dobradinha.




Camilo e Izolda: a ópera governista que pode ter um segundo ato em 2018.
Equipe Focus
focus@focus.jor.br
Na imensa coalização governista, são dezenas de bocas, mas permanecem fechadas quanto à composição da chapa majoritária que será encabeçada por Camilo Santana (PT). Nas negociações que concretizaram as adesões do PSD e Solidariedade, não houve nenhum acordo nesse sentido.
O que já é considerado praticamente certo: o PT ficará com apenas uma vaga entre as quatro em disputa. No caso, a de governador. Portanto, é improvável que o senador José Pimentel (PT) consiga emplacar a candidatura à reeleição. Outra vaga dada como certa é a do MDB, com Eunício Oliveira candidato à reeleição para o Senado.
Cid Gomes (PDT) só não será o candidato à outra vaga de senador se não quiser. Para a vice de Camilo, pululam especulações e apostas dando conta que Izolda Cela tem chances de manter a dobradinha eleita em 2014, muito embora o deputado Zezinho Albuquerque (PDT) venha há anos trabalhando duro para ser o escolhido.

Política.

Juiz cassa mandato de Ivo Gomes, em Sobral

O prefeito rebate a acusação de compra de votos e diz que vai recorrer ao TRE.



Ivo Gomes durante a última campanha para a Prefeitura de Sobral. Foto: Facebook
Urgente: o juiz da 24º Zona Eleitoral de Sobral, Fábio Falcão, cassou o mandato do prefeito Ivo Gomes (PDT) e de sua vice-prefeita, Christiane Coelho. A acusação é de compra de votos e foi feita pela coligação que perdeu a disputa pela Prefeitura da cidade. O próprio prefeito se manifestou através do Facebook a respeito da decisão afirmando que só valerá se confirmada pelo TRE, a quem está recorrendo.
“Segundo a decisão eu teria, através de uma indeterminada terceira pessoa, comprado o voto do senhor Erisvanio Custódio Santiago, pessoa com quem nunca tive nenhum contato e, segundo informações, já condenado por roubo. Essa foi a única evidência em q se baseou o juiz para nos condenar… Nunca, em momento algum e por respeito às pessoas, comprei voto de quem quer que seja, nesta ou em nenhuma outra eleição. O próprio Ministério Público eleitoral de Sobral afirmou no processo não haver qualquer prova contra mim”.

Política- Eleições 2018.

Potencial candidato único das esquerdas, Ciro vai ao Roda Viva

O Roda Viva é bom teste para conhecer as ideias dos candidatos e o temperamento diante de perguntas incômodas.





Equipe Focus
focus@focus.jor.br
Na sequência de entrevistas com os pré-candidatos a presidente da República, o Roda Viva da TV Cultura de São Paulo colocará Ciro Gomes (PDT) no centro do seu cenário cercado por jornalistas ávidos para imprensar políticos. O programa vai ao na noite desta segunda-feira, 28, às 22h15.
Com apresentação de Ricardo Lessa e desenhos do cartunista Paulo Caruso, a atração pode vista em canal aberto (TVC) ou  no site da emissora, no Facebook, no YouTube e também no aplicativo Cultura Digital.
Participam da bancada de entrevistadores, José Roberto de Toledo, editor da versão online da revista Piauí; Bernardo Mello Franco, colunista do jornal O Globo; Brad Hynes, diretor da agência Reuters no Brasil; Débora Freitas, apresentadora e repórter da rádio CBN; e André Perfeito, economista-chefe da corretora de valores Spinelli.
A entrevista do Roda Viva é sempre um bom teste não apenas para medir a capacidade intelectual dos candidatos e suas ideias para o País, como também como termômetro do temperamento diante de perguntas muitas vezes incômodas.

Jota Quest - Dias Melhores (Acústico)

sexta-feira, 25 de maio de 2018

Prefeitura de Caucaia.

A #PrefeituraDeCaucaia está realizando um mutirão de atendimento nos nove CRAS do município. O serviço está sendo ofertado de forma itinerante e já foram contempladas comunidades indígenas, ciganas, rurais e quilombolas. O intuito da descentralização do atendimento é oferecer um serviço mais próximo dos usuários, evitando grandes deslocamentos das pessoas 👏.
Saiba mais: http://bit.ly/2IJpLzH.




Prefeitura de Caucaia.

Caucaia em destaque nacional na educação 🤓!!
O município terá representação na III Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente: a aluna Maria Victória Régia Sales de Sousa, da Escola Indígena Aba Tapeba, no Capuan 👏. A aluna apresentou o projeto vencedor “Jovens Vigilantes da Água”. É a primeira vez que um trabalho de Caucaia é escolhido para representar o Estado 👏
Saiba mais: http://bit.ly/2xitymD.




Governo do Estado Prefeitura de Caucaia na Parceria Inauguram a Areninha da Jurema.

A noite desta quarta-feira (23/5) ficou marcada no município de Caucaia, quando o município marcou um gol de placa! 
O prefeito Naumi Amorim e o governador Camilo Santana entregaram aos caucaienses a Areninha João Campos, instalada na Praça do Remo. E mais: a solenidade também foi marcada pela assinatura de ordem de serviço autorizando a construção de uma pista de atletismo no local. O povo merece!
Saiba mais: http://bit.ly/2x8U1Tz.




quinta-feira, 24 de maio de 2018

Economia- Opinião.

O que está por trás do aumento dos preços de combustíveis?

por Eduardo Costa Pinto e Rodrigo Leão* — 

Opção da Petrobras é subutilizar refinarias e favorecer importação. Em 2013 a empresa podia atender 90% da demanda, número que caiu para 76% em 2017.



Nesta semana, os protestos protagonizados pelos caminhoneiros em função dos recorrentes aumentos dos preços dos combustíveis tem tomado conta do noticiário no Brasil. De fato, nos últimos meses, os preços dos derivados vendidos pela Petrobras cresceram de forma intensa e contínua.
Desde 20 de fevereiro, o preço da gasolina vendido pelas refinarias da Petrobras aumentou 35% saindo de 1,52 real o litro para 2,04 reais o litro. Somente no último mês, o aumento foi de 19%.
Cabe ressaltar que, nesse período, não houve nenhuma mudança estrutural na cadeia produtiva dos derivados de combustíveis (variações nas alíquotas dos impostos ou significativas alterações nas margens dos distribuidores e postos), o que torna muito frágil a tese que enxerga os aumentos dos combustíveis como decorrência dos impostos e dos carteis dos postos. Nesse sentido, a questão central a ser debatida é a atual política de preços da Petrobras e seus efeitos para a empresa e para os consumidores.
Em primeiro lugar, é importante entender que a cadeia de produção do petróleo é bastante oligopolizada nos segmentos de produção, refino e distribuição e, por isso, a formação dos seus preços não obedece somente à lógica da microeconomia clássica de equilíbrio entre oferta e demanda.
Como lembra recente texto de Rubens Sawaya, professor da PUC-SP, “o debate sobre os preços deve tomar o capital como seu nexo central, resultado de sua forma de organização. As empresas (...) são entidades que pensam, planejam e atuam segundo táticas e estratégias muito bem elaboradas, com o objetivo de abocanhar o máximo possível da riqueza (...). Seus métodos de definição de preço seguem estratégias específicas. Como também apontava Kalecki, o mais normal são as grandes empresas operarem com custos marginais constantes, se não decrescente, podendo ofertar qualquer quantidade no mercado sem qualquer alteração do custo unitário”.
Esses aspectos também devem ser observados na determinação do preço, ainda mais por se tratar de um setor oligopolizado dominado por empresas gigantescas e com amplo poder de marcação de preços.
Em segundo lugar, a variação de preços no setor petróleo está relacionado a um conjunto de fatores geopolíticos, como conflitos entre os maiores produtores, embargos realizados pelos grandes consumidores, entre outros. Ou seja, um embargo realizado pelos Estados Unidos ao Irã pode afetar o preço do petróleo no mercado internacional.
Em uma economia aberta e onde há escassez da produção de derivados de petróleo, a política de preços para esse segmento apresenta poucas alternativas. Como essas economias são dependentes das importações de gasolina, diesel etc., o preço doméstico dos derivados obrigatoriamente acaba seguindo os internacionais. Como eles são obrigados a comprar os derivados pelo preço internacional do petróleo, as variações internas obrigatoriamente incorporam para as variações ocorridas no mercado internacional.
No entanto, os países (como o Brasil) que apresentam uma ampla capacidade de produção de derivados não necessitariam recorrer às importações de derivados para abastecer seus mercados. Com isso, os preços podem responder muito mais à estrutura de custos e receitas das empresas produtoras dos combustíveis do que à variação do preço internacional.
No caso brasileiro, essa relação causal entre preço e custos é ainda maior porque o País tem autossuficiência na produção de petróleo cru, ou seja, o Brasil tem uma demanda marginal de importação de petróleo cru para atender a demanda do parque nacional do refino.
Desse modo, a formação dos preços deve estar mais relacionada à capacidade de cobrir os custos variáveis das empresas e gerar um excedente do que aos movimentos dos preços internacionais.
Entre 2013 e 2017, a empresa reduziu o volume de produção de derivados em mais de 300 mil barris/dia, saindo de 2.124 mil barris/dia para 1.800 barris/dia. Nesse período, o consumo de derivados ficou relativamente estável na casa dos 2.400 mil barris/dia.
Com isso, enquanto em 2013 a Petrobras tinha capacidade de atender cerca de 90% da demanda interna de combustíveis, em 2017 esse percentual caiu para 76%, num cenário em que a empresa ampliou seu parque de refino (saiu de 2060 mil barris/dia para 2350 barris/dia). Ou seja, mantida a utilização das refinarias, a Petrobras seria capaz de ofertar ao mercado nacional quase toda a demanda de derivados sem necessitar das importações.
No entanto, a opção da companhia tem sido subutilizar suas refinarias e favorecer a entrada dos importadores. Em 2013, a Petrobras utilizava praticamente 100% do seu parque de refino e, em 2017, esse percentual caiu para 76%. Com isso, uma parcela substancial do mercado interno tem sido suprida com importações.
Com a enxurrada de importações (que já detém por 24% do mercado interno), a Petrobras fica refém de uma política de preço atrelada ao mercado externo. Isso porque, caso a empresa decida controlar os preços, os importadores sairão do jogo e a Petrobras terá de arcar sozinha com o diferencial de preços praticados no mercado doméstico e no exterior.
É evidente que, dado o custo de oportunidade existente em economias abertas, não é possível praticar durante um longo período um preço doméstico tão distante do mercado externo. Todavia, o maior uso do parque de refino daria graus de flexibilidade temporais e de intensidade para o reajuste dos preços.
Não resta dúvida que a atual política de preços da Petrobras tem gerado, por um lado, uma redução do papel da Petrobras no mercado de derivados e no refino e, por outro, tem potencializado o aumento da entrada e expansão de players internacionais. Isso ocorre em virtude da manutenção a “qualquer custo” do preço de paridade internacional mesmo que isso implique a redução das margens de refino (bruta e líquida) com a perda de mercado.
O que causa enorme estranheza é que a Petrobras abdicou de sua posição de price maker(formador de preço) – que lhe possibilitava mantém maiores margens - para adotar uma posição de price taker (tomador de preço) num mercado claramente oligopolizado.
A questão, portanto, não está na política de preços strictu sensu, mas sim na política adotada para o refino como um todo.
Por fim, cabe lembrar que essa política de subutilização do refino, combinada com a política de paridade do preços,visa facilitar a venda desses ativos para as empresas estrangeiras, tornando o mercado de petróleo nacional ainda mais dependente do mercado e do preço internacional.
*Rodrigo Leão é mestre em desenvolvimento econômico (IE/UNICAMP). Atualmente, é diretor técnico do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis Zé Eduardo Dutra (INEEP) e pesquisador visitante do NEC-UFBA.
Eduardo Costa Pinto é professor titular do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pesquisador do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis Zé Eduardo Dutra (INEEP)

Internacional.

Incerteza sobre Colômbia pós-acordo com Farc paira sobre eleição.






O acordo de paz do governo da Colômbia com a ex-guerrilha e agora partido Farc (Força Alternativa Revolucionária do Comum) tem vencido entraves a sua implementação.
Um dos que persistem é o que envolve o alcance que deve ter a Justiça Especial, apenas para ex-guerrilheiros –o que não impediu a rejeição da população ao tratado de diminuir sensivelmente do patamar de 80% registrado quando da assinatura do termo, em setembro de 2016.
Um único caso, porém, bastou para trazer o assunto de volta para o destaque dos noticiários e pode impactar as intenções de voto para presidente da República. O primeiro turno da eleição acontece neste domingo (27).
Leia também: Vítimas de padre pedófilo agradecem convite do Papa
Trata-se da prisão do ex-líder das Farc Jesús Santrich, 51. Ele chegou a chefiar uma divisão do grupo e desempenhou papel proeminente nas negociações do acordo, tendo participado de debates e ajudado a escrever artigos do documento.
Em 9 de abril deste ano, Santrich foi preso sob a acusação de seguir traficando drogas e cometendo extorsões após a assinatura do tratado.
No mesmo mês, um tribunal de Nova York o considerou culpado por tentar fazer entrar dez toneladas de cocaína no país. O governo dos Estados Unidos solicitou a sua extradição.
"Se sou eleito, o senhor Santrich será imediatamente extraditado", afirmou o direitista Iván Duque, crítico ao acordo com as Farc e líder nas pesquisas eleitorais.
Desde a detenção de Santrich, Duque viu aumentar sua vantagem sobre o segundo colocado, o esquerdista Gustavo Petro.
Ex-integrante da guerrilha urbana M-19, Petro defende um julgamento pelo Tribunal Especial para ex-guerrilheiros antes que seja permitida a saída do preso do país. É o que também pleiteia o próprio Santrich.
O presidente Juan Manuel Santos considera que, por envolver um crime cometido depois do acordo, o caso deve ser decidido por um tribunal comum, e não pelas cortes criadas para acolher as ações dos que aderiram ao tratado.
Caso o pedido de transferência do detento para os EUA seja aceito, Santos já avisou: "Minha mão não tremerá ao assinar sua extradição".
A situação jurídica de Santrich na Colômbia, no entanto, tem outro complicador: ele é um dos dez parlamentares eleitos pela Farc na eleição legislativa de março e teria de ter seu foro privilegiado revogado.
"Estão rasgando em pedacinhos o acordo, não estão cumprindo seus deveres conosco. Agora querem desbancar um congressista nosso e extraditá-lo como se fazia nos anos 1980 [época dos cartéis de drogas]", diz um dos líderes da guerrilha, Iván Márquez.
Ele também afirmou que o Estado não vem garantindo a proteção a ex-integrantes do grupo, conforme acordado, já que não foi capaz de evitar o assassinato de 40 combatentes por bandos rivais.
"Eu sabia que isso iria acontecer. Esse acordo era apenas para que se baixasse o controle sobre eles. Os que sempre lucraram com o tráfico vão continuar fazendo isso enquanto puderem", afirma o comerciante Arturo Leguía. "O que não dá é que, ainda por cima, os aguentamos no Congresso escrevendo nossas leis."
Duas jovens que faziam compras no estabelecimento discordaram do lojista: "Acabou a guerra, há menos mortos, há menos medo. É um preço que temos que pagar".
Já Victor Currea-Lugo, da Universidad Nacional, especialista nos processos de paz colombianos, disse que o acordo que o governo fez com as Farc (então Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e o que agora quer fazer com o ELN (Exército de Libertação Nacional) incorrem no mesmo erro.
"Eles são bons para os líderes, que garantem sua imunidade, seu espaço no Congresso e, se são discretos, coisa que Santrich não foi, podem continuar com seus negócios", afirmou. "Preocupam-me menos esses casos mais midiáticos do que a inserção dos guerrilheiros de gamas mais baixas, que estão sofrendo muito preconceito e a quem os programas para estudar e trabalhar ainda não atendem perfeitamente, apesar de a maioria ter recebido anistia por parte dos tribunais de paz."
O pesquisador, porém, acredita ser importante não deixar de lado os avanços que o acordo trouxe, pois esses demonstram que "o diálogo vale a pena" e que representa a única saída para anos de conflito.
"Os assassinatos baixaram muito, o hospital militar, que vivia apinhado de feridos, hoje está quase vazio. Tivemos uma eleição legislativa tranquila, e a do próximo domingo também será. Perder a crença no diálogo é tudo o que não nos pode acontecer. Espero que o caso Santrich, apesar do furor midiático de agora, seja visto como algo isolado no futuro", conclui. Com informações da Folhapress.