segunda-feira, 2 de abril de 2018

Pecém.

Pecém faz 16 anos e busca novas rotas para EUA e Europa.




Apontado como uma das principais portas de entrada e saída de mercadorias das regiões Norte e Nordeste do Brasil, o Porto do Pecém completa 16 anos de funcionamento, mirando conquistar novos mercados e se tornar referência dentro e fora do País.
A nova investida do Porto é inaugurar duas novas linhas de navegação para a Europa e para os Estados Unidos, afirma o presidente do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp S.A), Danilo Serpa.
Como as negociações já estão “adiantadas”, diz, sem informar mais detalhes, a estimativa é que as rotas marítimas comecem a ser operadas ainda no segundo semestre de 2018.
Ampliação
Serpa lembra que, embora seja “novo”, o Porto do Pecém já passa por sua segunda ampliação, e já conta hoje com oito berços de atracação prontos, com o nono em fase de construção, junto a uma nova ponte de acesso a esses berços.
Com a finalização e entrega do nono berço, somada ao investimento em equipamentos, o Porto passará a ter capacidade para movimentar anualmente 28 milhões de toneladas de cargas. Ou seja, quase o dobro do que o terminal movimentou em 2017, quando bateu recorde de faturamento (R$ 144 milhões) e de movimentações, totalizando 15,8 milhões de toneladas de mercadorias importadas e exportadas. Em 2017, o Pecém cresceu 41% ante 2016 e ao longo dos 16 anos vem mantendo a média de crescimento médio anual de 34%. Em 2016, por sua vez, o Porto cresceu 60% em relação a 2015.
Incremento
Para 2018, inclusive, a expectativa prévia – ainda passível de estudos, conforme Serpa – é que o Porto cresça cerca de 10% a 15% a mais que em 2017. De 1º de janeiro deste ano até a primeira quinzena de março, já foram movimentadas 3,3 milhões de toneladas de cargas no terminal. Entre as principais mercadorias movimentadas via Pecém estão o carvão mineral, minério de ferro, materiais eólicos, frutas frescas e as placas de aço produzidas pela Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP).
Com o intuito de ampliar a produtividade no Porto, recentemente foram investidos R$ 98 milhões na aquisição, infraestrutura e instalação de dois guindastes modernos. “Esses guindastes fazem 64 movimentos por hora entre embarcar e desembarcar contêineres de navios. Os guindastes que nós tínhamos antes faziam só 27 movimentos. Então, mais que dobrou a produtividade hora de embarque e desembarque”, diz.
Parceria com Roterdã
A parceria com o Porto de Roterdã – o maior da Europa – deve ser formalizada até junho deste ano e vai ser imprescindível para impulsionar novos negócios. “Essa possível parceria com Roterdã, que ainda não está concretizada, é justamente o Estado buscando um parceiro estratégico para turbinar a atração de investimentos para cá. Até porque eles têm mais de 600 anos de mercado e networking com as maiores empresas do mundo”.
Rota para Ásia
Com capacidade para receber grandes embarcações que passam pelo novo canal do Panamá, o Porto do Pecém também deve catapultar sua competitividade no mercado, a partir do início de operação da nova linha AC 5 da Maersk Line/Hamburg Süd, que ligará o Pecém aos portos da Ásia. A expectativa é que a linha traga mais de 31 mil contêineres ao Ceará.
“O Pecém vai ser o único porto a receber essa nova linha semanal, que vai chegar no dia 14 de maio. Isso vai implicar em custos menores para empresas que aqui importam produtos da China. A mercadoria deixa de ir para outros portos do Sudeste e vem pro Pecém, o que implica em custos menores”.
Ele lembra ainda que a linha direta para a Ásia será importante para exportadores de frutas do Nordeste, que poderão enviar suas mercadorias em tempo hábil e sem intermediários. “Essa linha vai sair direto para Singapura e China, sendo apenas 29 dias de viagem”. A expectativa da linha chamada AC 5 é de trazer mais 31 mil contêineres em negócios ao Ceará.
Hoje, o Porto do Pecém conta com quatro linhas de longo curso, sendo duas para a Europa (MSC/Maersk), uma para o Estados Unidos (Hamburg-Sud) e uma linha para a Ásia (Maerk). Além de outras quatro linhas de cabotagem (entre portos brasileiros), sendo três semanais feitas pela Aliança e outra semanal feita por quatro navios da Mercosul/Login.

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