O Secretário da Fazenda, Fabrízio Gomes, confirmou, ao apresentar, nesta terça-feira (21), na Assembleia Legislativa, a prestação de contas do Estado, que o Ceará deixou de arrecadar, em 2022, cerca de R$1 bilhão, 130 milhões com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
As perdas, segundo ele, foram provocadas após a sanção da lei federal complementar 194/2022 que reduziu as alíquotas dos combustíveis, energia elétrica e serviços de comunicação para 18%. De acordo com o Secretário da Fazenda, apenas no segmento de combustíveis, a arrecadação caiu R$ 680 milhões.
RECOMPENSA
Outro ponto destacado pelo Secretário da Fazenda na conversa com os deputados estaduais é que o Governo Federal e os estados fecharam um acordo de R$ 26,9 bilhões para compensar as perdas do ICMS no ano de 2022. Fabrízio disse que o volume de recursos minimiza os efeitos nas contas públicas, mas não repõe todos os prejuízos.
“Para o Ceará, devem vir R$ 646,3 milhões, sendo 25% pagos em 2023, 50% em 2024 e 25% em 2025. Deve dar em torno de R$ 160 milhões para 2023. Só que esse valor é distribuído 20% para o Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) e 25% para os municípios. Vai ficar para o Tesouro, em 2023, cerca de R$ 97 milhões’’, calcula Fabrízio, ao transmitir, pelo semblante, de que a recompensa deveria ser mais expressiva.
METAS CONSTITUCIONAIS CUMPRIDAS
Segundo ele, as mudanças na legislação do ICMS causaram um descompasso nas finanças estaduais, retirando cerca de R$ 2 bilhões do Orçamento do Estado para 2023. ‘’Isso impactou políticas públicas de saúde, segurança, educação, entre outras áreas’’, observou o titular da Fazenda.
QUEDA NOS PRIMEIROS MESES DE 2023
Nenhum comentário:
Postar um comentário